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Mulher, porque ficamos doentes

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Estima-se que, no Brasil, três entre 20 pacientes femininas são portadoras de incontinência urinária ou liberação não intencional da urina. Só nos Estados Unidos, conforme observações do urologista e andrologista alagoano Djacy Correia Barbosa Júnior, são mais de 11 milhões.

"A maioria tem o que se conhece como incontinência urinária por estresse (IUE), que pose ser tratada de várias formas. Dependendo do tipo do caso".

E há situações que só podem ser resolvidas mediante tratamento cirúrgico, acrescenta o médico. De acordo com um trabalho da professora de Ginecologia e Obstetrícia Aparecida Maria Pacetta, e o Professor de urologia Marcus Vinícios Sadi, ambos da universidade de Santo Amaro (Usina), de São Paulo, desde o início do século, foram descritas mais de cem modalidades de técnicas cirúrgicas para o restabelecimento da continência urinária na mulher.

A maioria delas foi abandonada pela dificuldade de reprodução técnica ou de seus resultados, e principalmente pelos índices de sucesso. Entre as mais recentes opções cirúrgicas para mulheres com IUE, eles destacam o TVT - Tension-free Vaginal Tape System (Sistema TVT fita vaginal sem tensão), desenvolvido na Suécia e disponível no Brasil desde 1999, e cujo objetivo é, restabelecer funcionalmente o ligamento pubo - uretral, evitando as perdas urinárias durante as variações de pressão intra-abdominal.

Essa nova técnica cirúrgica, além de ser das mais avançadas, é minimamente invasiva, pois utiliza anestesia local e leva meia hora para ser completada. Só agora é que ela começa a ser utilizada em Alagoas, mais precisamente em Maceió, pelo próprio Djacy Correia Barbosa Júnior. Ele já realizou duas dessas cirurgias no Hospital do Açúcar e no Memorial Arthur Ramos (antigo Hospital do Sesi), depois de curso realizado na primeira semana deste mês em Maceió e ministrado pelo médico sergipano Washington Véras Pacheco, referência na especialidade em nível de Nordeste.

"Esse novo método busca resolver todo tipo de incontinência anatômica com resultados seguros e de longo prazo. A paciente, depois de operada, pode ir para a casa de dois a três dias. Durante este período, ela terá poucas restrições quanto às atividades diárias, a não ser evitar levantar pesos. Os índices de cura são superiores a 90%. A maioria das pacientes tem notado melhora imediata com o TVT; onde o médico cirurgião recoloca a uretra na posição normal, fazendo embaixo desta uma atadura de fita. Após a cirurgia, a fita vai suportar a uretra durante movimentos bruscos, tais como tose ou espirro. Isso permite que a uretra permaneça fechada e evita a perda involuntária de urina".

Segundo Djacy Barbosa, que, ainda neste semestre, deverá formar tutoriais para dividir o novo sistema com outros profissionais, essa tecnologia chega ao Brasil com a força de cerca de 3.500 casos no ano de 2000 e aproximadamente 7 mil atendimentos neste ano. Em nível mundial, já foram solucionados 100 mil casos.

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